quinta-feira, 20 de maio de 2010

Dia Internacional da Biodiversidade - 22 de Maio


Alterações Climáticas e Perda de Biodiversidade: Portugal Será um dos Países da Europa mais afectados.

A Terra está a perder biodiversidade a uma taxa sem precedentes. No Dia Internacional da Biodiversidade, 22 de Maio, as alterações climáticas voltam a constituir a preocupação central assumindo-se como uma das maiores ameaças à diversidade de vida no Planeta, juntamente com a destruição de habitats, poluição e proliferação de espécies invasoras.

Península Ibérica: zonas húmidas e anfíbios entre os mais afectados.
Na Europa, a subida do nível do mar poderá ser até 50 % mais acentuada do que a média global. Cerca de 20% das zonas húmidas podem correr o risco de desaparecer até 2080, arrastando as espécies animais e vegetais que delas dependem. Os ecossistemas mediterrânicos, incluindo os de Portugal, estão entre os mais vulneráveis a uma subida de 2 a 5º C, sob um efeito combinado da seca e dos fogos florestais.
No Sul da Europa, o potencial hidroeléctrico diminuirá entre 20 a 50 % até 2070, o que é particularmente alarmante no caso de Portugal, se pensarmos que o Governo tenciona construir mais barragens.
A isto somam-se mudanças drásticas na distribuição das espécies animais. Os anfíbios na Península Ibérica serão especialmente afectados e condenados a viver em áreas cada vez mais limitadas, tal como os répteis, que dependem de charcos e pântanos para a sua reprodução. Quanto às florestas já estão a sofrer dos Verões excessivamente quentes e consecutivos incêndios florestais, aos quais se irá juntar a problemática da escassez de água.

Para saber mais: http://www.quercus.pt/

sábado, 15 de maio de 2010

Alterações Climáticas: Uma de cada 5 espécies de lagartos pode extinguir-se até 2080

Quando se fala do impacto das Alterações Climáticas na Biodiversidade imediatamente pensamos no urso-polar ou nos corais, cuja sobrevivência se encontra ameaçada pelo degelo, e pelo aumento da temperatura da água e a sua acidificação, respectivamente.
No entanto, foi recentemente publicado na revista Science um estudo que revelou há um outro grupo de animais também especialmente vulnerável às mudanças do clima, e em particular, ao Aquecimento Global, grupo que se tem mantido, literalmente, na penumbra – os lagartos e lagartixas.

Com efeito, por serem animais de “sangue frio” os répteis têm dificuldade em regular a temperatura corporal, o que fazem alternando a exposição ao sol com períodos à sombra.

Com o aumento das temperaturas, os animais permanecem nos abrigos inactivos para controlar a temperatura corporal, não saindo para realizar actividades fundamentais como alimentar-se e reproduzir-se.

Consequentemente, as populações das diferentes espécies já estão a ser afectadas negativamente pela subida das temperaturas, num fenómeno de declínio acentuado que é global.

Crê-se que em 2050 cerca de 6% das espécies de lagartos e 16% das suas populações terão desaparecido, valores que, em 2080, podem atingir os 16% e 30% respectivamente.

Para este declínio contribui também outro efeito indirecto da subida das temperaturas – a deslocação das espécies do Sul para o Norte, que aumenta a competição para as espécie cujo “território” é invadido que, se não forem capazes de se adaptar, acabam por extinguir-se.