As células orgânicas são mais eficientes por serem tridimensionais e, por isso, podem captar a radiação da luz vinda de todas as direcções. Além disso, as placas de frutas são muito mais finas e não têm diferença substancial na absorção de energia solar em relação às convencionais. Isto permite que os pigmentos possam ser aplicados em película, vidro ou plástico – podendo ser utilizado em janelas, por exemplo.
Para aqueles que se preocupam não só com iniciativas energéticas limpas, mas com a justiça social envolvida na distribuição dos alimentos, é importante lembrar que o processo utiliza apenas sobras orgânicas, evitando, assim, que falte comida para a população.
Alternativa energética para África
A experiência italiana com os painéis solares alternativos não é a única inovação energética feita a partir de material orgânico. Apesar de ser uma tecnologia bem mais simples que as placas fotovoltáicas, cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriram uma maneira muito simples e eficiente de utilizar restos da produção de banana. Além da possibilidade de fazer vinhos e cerveja, os pesquisadores passaram a utilizar as cascas da fruta para produzir combustível. São trituradas juntamente com as folhas e caules, que, processados, são transformados em tijolos. Quando queimados, assumem a mesma função de, por exemplo, um toro de madeira, servindo para cozinhar ou iluminar.
O processo é muito simples. As cascas, os caules e as folhas da bananeira, que normalmente seriam descartados – estima-se que para cada tonelada de banana produzida no mundo, 10 toneladas de resíduos sobram –, são processados, prensados (para eliminar os líquidos) e, por último, ficam expostos ao sol por cerca de duas semanas para secar.
Países africanos como a Tanzânia, Burundi e Ruanda, grandes produtores de banana, podem ter sua contribuição para as mudanças climáticas bastante reduzidas, já que mais de 80% de sua produção energética vem da queima da madeira.
O processo é muito simples. As cascas, os caules e as folhas da bananeira, que normalmente seriam descartados – estima-se que para cada tonelada de banana produzida no mundo, 10 toneladas de resíduos sobram –, são processados, prensados (para eliminar os líquidos) e, por último, ficam expostos ao sol por cerca de duas semanas para secar.
Países africanos como a Tanzânia, Burundi e Ruanda, grandes produtores de banana, podem ter sua contribuição para as mudanças climáticas bastante reduzidas, já que mais de 80% de sua produção energética vem da queima da madeira.
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