domingo, 10 de maio de 2009

Brinquedos Ecológicos

Quem entra em qualquer uma das mais de 200 lojas da rede americana Whole Foods encontra algo inusitado junto às prateleiras de produtos orgânicos e naturais: os “Green-Toys”, brinquedos educativos produzidos com material que respeita a preservação do meio ambiente e cujo conceito é ecológico e socialmente responsável. Criados em 1998 por Barbera Aimes, hoje presidente da ImagiPLAY, os brinquedos são feitos com placas de madeira reciclada e prensada, borracha de extração natural e bambu: “Usamos tintas não tóxicas e acabamentos feitos à mão”, diz .
Os pais que preferem jogos para montar e desmontar e que agora, procuram os mesmos brinquedos educativos, produzidos com artigos naturais, querem também produtos que ajudem os seus filhos a consumir versões naturais e aceitar as diferenças entre as raças. É nesse público exigente que a ImagiPLAY tem sustentado seu negócio.“ Para além dos Estados Unidos, exportamos para o Canadá, onde já temos distribuidores, e há interesse de exportar para outros países, como o Brasil, até 2012”, afirma Barbera Aimes.
A venda dos “Green-Toys” na Whole Foods é inédita entre as redes de super e hipermercados, mas já se encontra bem difundida no mercado norte-americano. Atinge cerca de 1.000 empresas.

Empresas amigas do ambiente


Outras Empresas Verdes:

Unilever
A empresa elaborou frascos mais finos para a marca Suave, de cremes. Com isso, economizou o equivalente a 15 milhões de embalagens tradicionais.

Ford
A empresa desenvolveu uma tecnologia para pintar os automóveis com apenas uma camada, em vez das três habituais. Assim, eliminou 15% da emissão de CO2 e 10% de emissões de outros compostos gasosos orgânicos, além de reduzir o tempo de pintura em 20% e economizar US$ 7 por carro.

JPMorganChase
No topo da sede do banco de investimento em Manhattan, nos Estados Unidos, um colector recolhe a água das chuvas. Essa água abastece as casas de banho dos 53 andares. O consumo de água caiu 30%.

Nike
A linha Considered utiliza materiais recicláveis, como algodão, poliéster e borracha, plantadas a apenas 320 quilómetros da fábrica. É economia ambiental e de transporte.

Empresas Verdes


A crescente preocupação com o ambiente tem contribuído para o estabelecimento de novas directrizes legislativas que condicionam e controlam a forma como o produto chega ao mercado. A implementação de novas regras tem influenciado os processos de produção, obrigando as empresas a modernizarem-se e a terem de se sujeitar a controlos de qualidade rigorosos. Contudo, esta nova forma de encarar o produto como um bem que respeita o ambiente também tem contribuído para que as empresas envolvam na sua comunicação este atributo, como uma mais-valia essencial. Se por um lado aderir à elaboração de um produto ecológico representa um grande investimento a nível empresarial, este acaba por tornar-se em benefício, consequência da evolução do mercado. Portanto, há que comunicar, há que apostar em estratégias de marketing sustentáveis que revelem os benefícios da adopção de uma política ambiental/verde. Desta forma pretendem chegar ao consumidor criando uma cultura ambiental em que ele se sinta enquadrado, socialmente aceite e consciencializado que também está a participar activamente para melhorar o ambiente através do consumo destes produtos.

Portugal diminui emissões de gases com efeito de estufa a partir de 2010




Portugal vai começar a baixar as emissões de gases com efeito de estufa a partir de 2010, invertendo a actual tendência de aumento. As conclusões pertencem ao projecto MISP (Estratégias de Mitigação das Alterações Climáticas). Apesar da visibilidade actual das energias renováveis e do nuclear, a energia fóssil é e será ainda ao longo de várias décadas dominante no panorama energético. No entanto, essa dominância, pelo menos ao nível da geração da electricidade, deverá perder-se já em 2020, de acordo com o trabalho, que contou também com a colaboração de Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas.
O projecto concluiu ainda que, por exemplo, a energia nuclear, que foi considerada em dois cenários, não é indispensável para a redução de emissões e defende a utilização do sequestro geológico para manter um ritmo forte e constante de mitigação. O objectivo do projecto MISP, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, procurou construir um modelo de prospectiva para Portugal no médio longo prazo. Trata-se de um modelo integrado de actividade, energia e emissão em 14 sectores, como transportes, serviços, resíduos ou centrais nucleares.