quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Energia eléctrica a partir do lixo

A energia consumida por uma localidade média transmontana está a ser produzida a partir do lixo, pelo aterro sanitário da Terra Quente Transmontana, através de um sistema que contribui para a diminuição da poluição e gera receitas.
De acordo com os responsáveis, o novo sistema consiste no aproveitamento dos gases libertados pelos resíduos no aterro, dando origem ao biogás, para produção de energia eléctrica.
A central de valorização energética de biogás já se encontra em funcionamento. O empreendimento de 1,15 milhões de euros vai produzir anualmente 4500 MWh, o equivalente ao consumo médio de 1500 habitações por ano, segundo a empresa Resíduos do Nordeste.
Além do aproveitamento do biogás dos resíduos, o aterro torna-se também menos poluidor, deixando de lançar na atmosfera os gases do lixo.

Outros projectos
Vai ser igualmente inaugurada a estação de Tratamento de Águas Lixiviantes, já em funcionamento, que custou mais de 1,2 milhões de euros e foi comparticipado pela Agência Portuguesa do Ambiente, em 85 por cento. O equipamento tem como objectivo o tratamento de resíduos sólidos urbanos pelo processo de evaporação.
O aterro da Terra Quente, tem ainda a intenção de criar uma unidade de tratamento mecânico e biológico por digestão anaeróbica (compostagem) para transformar metade das mais de 50 mil toneladas de lixo, produzidas pelos cerca de 157 mil habitantes, em composto orgânico, que poderá ser aplicado nos solos para fertilização.
Durante o processo de transformação será também produzida energia eléctrica, através da valorização do biogás gerado.
O projecto foi apresentado no início do ano com um orçamento de 24 milhões de euros e a promessa de criação de 30 postos de trabalho.

Info Centre

O regulamento estabelece requisitos em matéria de eficiência energética para todos os produtos vendidos na Europa, reduzindo, dessa forma, o consumo de electricidade em modo de espera na UE em quase 75% até 2020.
O regulamento relativo ao modo de espera é aplicável a todos os aparelhos eléctricos utilizados nos lares e nos escritórios, como aparelhos de televisão, computadores, fomos de microondas, etc. Consoante a função do produto, fixa o consumo máximo de energia permitido para o modo de espera, a atingir até 2010, em 1 ou 2 watts.
A partir de 2013, o consumo de energia admitido será reduzido para 0,5 ou 1 watt, valores próximos dos níveis que podem ser alcançados com a melhor tecnologia disponível. a regulamento reduzirá o actual consumo de electricidade em modo de espera na UE - aproximadamente 50 TWh por ano - em 73% até 2020, o que corresponde ao consumo de electricidade anual da Dinamarca, bem como as emissores anuais de CO2 em cerca de 14 milhões de toneladas.
Prevêem-se também economias noutras regiões do globo, uma vez que muitos dos produtos visados são vendidos em todo o mundo. A abordagem por fases permite que os fabricantes disponham de tempo para adaptar os seus produtos aos novos requisitos. O regulamento baseia-se nos resultados de uma análise aprofundada dos aspectos económicos e ambientais do modo de espera, realizada conjuntamente com partes interessadas e peritos em todo o mundo.
O regulamento relativo ao modo de espera, examinado pelo Parlamento Europeu, foi programado para adopção formal pela Comissão em 2008. Seguir-se-ão medidas em matéria de concepção ecológica para outros grupos de produtos.