quinta-feira, 4 de junho de 2009

Utilização de fibras e tintas naturais

O respeito pelo meio ambiente, a utilização de fibras e tintas naturais e a reciclagem de roupas e objetos usados são a base da moda ecológica, que pouco a pouco ganha terreno entre os consumidores e estilistas na Itália. A também chamada “ecomoda” confecciona roupa orgânica. Isto é, elaboradas com tecidos em cuja produção não são usados produtos químicos, nem fertilizantes, nem pesticidas. Com 72 mil empresas e 700 mil empregados, a indústria italiana do vestuário é uma das principais do mundo: fatura quase US$ 90 milhões ao ano. E, embora a moda de baixo impacto ambiental esteja mais desenvolvida em mercados como o inglês e o alemão, até gigantes do ramo, como Giorgio Armani, estão dispostos a aderir à tendência.
Armani agora cria jeans “ecologicamente corretos”, feitos com algodão orgânico. Outras grifes famosas internacionais vendidas na Itália, com Levi Strauss, Gap, Nike ou Marks & Spencer, também uniram-se à moda ecológica. Ponchos feitos com fibra de soja, trajes elaborados com embalagens de ovos ou calças fabricadas a partir de algas são alguns exemplos desta moda alternativa que combina criatividade com materiais insólitos. Muitos estilistas também reutilizam vestidos velhos ou que já não servem mais, para conservar os recursos naturais.
Autora: Francesca Colombo

Roupa ecológica no Parlamento Europeu

O Parlamentou Europeu recebeu esta sexta-feira um desfile de roupa ecológica organizado pela associação ambientalista Greenpeace. O objectivo é mostrar que é possível criar moda sem utilizar produtos químicos.
«São muitas as indústrias na Europa e no mundo que abandonaram o uso de substâncias químicas perigosas que, na opinião dos especialistas, são cancerígenas e podem comprometer o sistema hormonal e reprodutor das pessoas», afirmou o responsável pelas políticas químicas do Greenpeace, Marco Contiero.

«O problema desta nova forma de vestuário está na dificuldade de encontrar as fibras ecológicas e na obtenção de fundos para investigação», acrescentou o ambientalista.

O desfile aconteceu dias antes da votação no Parlamento Europeu da norma sobre substâncias químicas, «Reach», que tem como objectivo estabelecer na Europa a obrigatoriedade de registar, avaliar e autorizar os produtos químicos utilizados.

Fonte: Diário Digital

Governo lança programa para reduzir lixo urbano até 2016

Fraldas reutilizáveis, menos jornais gratuitos, facturas electrónicas, e água da torneira em vez de garrafa estão entre as medidas de um plano apresentado hoje pelo Ministério do Ambiente para reduzir a quantidade de lixo produzida no país. A acção mais eficaz, porém, é fazer compostagem dos resíduos orgânicos em casa.
É a terceira tentativa oficial de se controlar a produção de lixo. O primeiro Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos não atingiu a sua meta de redução. A 2ª etapa começou mal: em 2007 falhou novamente o alvo.
O agora divulgado Programa Nacional de Prevenção de Resíduos Urbanos promete reduzir, através de um conjunto de medidas, a recolha de lixo entre 50 e 100 quilos por pessoa, por ano. Cada português deita fora 470 quilos de lixo por ano.
A compostagem é a medida que surte maior efeito. Numa habitação portuguesa, cerca de um terço do lixo é composto por resíduos orgânicos – como cascas de frutas ou restos de comida. Com a compostagem em casa, nas escolas e em zonas rurais, pode-se reduzir o lixo orgânico em cerca de 17 por cento.
As fraldas descartáveis podem ser evitadas em 20 por cento, segundo o plano. Mas o peso absoluto desta redução, no cômputo geral, é mais reduzido.
Num cenário mais optimista, a produção total de lixo poderia ser reduzida em 17 por cento até 2016. Um cenário menos optimista – mas mais adaptado à realidade portuguesa, segundo o plano – coloca a redução em 10 por cento. Se nada for feito, estima-se que a quantidade de lixo crescerá quatro por cento.
Fonte: Público