quinta-feira, 30 de julho de 2009

Lâmpadas ‘à antiga’ têm os dias contados

Continuar a sensibilizar os consumidores não basta. A Comissão Europeia quer obrigar à retirada das lâmpadas não eficientes.
A imagem de uma lâmpada, com pequenos filamentos no interior, a acender sobre a cabeça de alguém a quem acaba de ocorrer uma ‘ideia luminosa’ é algo que, a partir de 2012, pertencerá definitivamente ao passado.
Os argumentos para avançar para esta imposição baseiam-se em critérios de ordem ambiental e económica, mas também comportamental: “Já deu para perceber que informar os consumidores sobre as vantagens das lâmpadas mais eficientes não chega”, disse ao Expresso uma fonte comunitária associada a este dossier. Porque a maior parte das pessoas, na hora de abrir a carteira, principalmente em tempo de crise, não hesita em optar pela solução mais barata: as lâmpadas incandescentes são, em média, seis vezes mais baratas do que as eficientes, embora estas durem 10 vezes mais tempo e consumam seis vezes menos energias, o que se traduz em poupanças significativas... a prazo.

Segundo a mesma fonte, se os 5,1 mil milhões de lâmpadas incandescentes (que desperdiçam mais de 70% da energia que consomem em calor) actualmente em uso na Europa fossem substituídas por alternativas mais eficientes “poupar-se-ia uma quantidade de energia equivalente ao consumo anual de 13 milhões de lares”.

As lâmpadas incandescentes não transparentes, deverão sair do mercado a 1 de Setembro de 2009, ao mesmo tempo que as lâmpadas incandescentes transparentes de 100 watts. Esta categoria de lâmpadas representa 77% do consumo em iluminação doméstica, principalmente as lâmpadas de 60 watts, cuja eliminação proposta pela Comissão será o primeiro dia de Setembro de 2011. As restantes, de 25 e 40 watts, devem ser retiradas no ano seguinte, ficando apenas disponíveis as lâmpadas fluorescentes compactas.

Fonte: Expresso, 6 de Dezembro de 2008

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