sexta-feira, 10 de julho de 2009

CDs feitos de milho

Para evitar o acumular de CDs antigos, que já não são utilizados, mas também aproveitar o aumento da procura de produtos que respeitam a natureza, a Sanyo lançou há alguns anos atrás o CD de milho.
Segundo uma reportagem publicada no jornal inglês "Financial Times", o MildDisc (disco leve, em inglês) tem capacidade para armazenar dados, música e vídeo. O aspecto também é o mesmo de um CD convencional.
A única diferença é que a matéria-prima é o milho, que é biodegradável e se decompõe mais fácil se entrar em contacto com a água, por exemplo.
Fazer um CD de milho é possível, porque os cientistas descobriram uma forma de transformar o material num polímero, a mesma matéria que compõe os CDs tradicionais.
A desvantagem é o preço. A produção do CD de milho ainda é três vezes mais cara que a do CD convencional, mas a Sanyo espera que o custo caia com o aumento do fabrico.
De acordo com a Sanyo, uma espiga de milho pode fornecer material para fabricar 10 CDs. São cerca de 85 grãos de milho para cada disco.


A primeira produção de CDs de milho destinou-se ao mercado japonês. O objectivo foi responder a artistas, órgãos governamentais e empresas preocupadas em preservar o meio ambiente.
Além dos CDs musicais, a Sanyo também quer chegar às empresas que utilizam CDs promocionais. De acordo com dados fornecidos pela Associação Internacional de Meios Graváveis, mais de 425 milhões de CDs promocionais são enviados só para lares norte-americanos. Muitos deles vão parar ao lixo. Para evitar o crescimento dos CDs no lixo, que não se decompõem facilmente, o CD de milho promete ser uma alternativa.

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